sábado, junho 27, 2009

FALARÁ-SE DESTAS FESTAS DURANTE ANOS

Num dos especiais que publicam com motivo das festas da Estrada os jornais com ediçom local, o presidente da comissom de festas expresava-se neses termos ao falar da grande qualidade das celebraçons deste ano. Poi bem, final-mente semelha que há que dar-lhe a razom. Falará-se destas festas durante anos, ainda que o motivo seja a desorganizaçom que levou á cancelaçom de duas das atraçons principais (o concerto de Mago de Öz e os de The Bond Scott Band, Pants Off, Mutand Squad, Esquíos e Kambotes) assim como doutras animaçons de rua e o famoso bono para as atracçons de feira.
Nom é a minha intençom fazer lenha da árbore caida, mas já tinha pensado fazer umha entrada para falar de cousas das que nom gostei em quanto ás festas deste ano.
A primeira, nom me pareze normal que todos os concertos das festas sejam de pago. Nim com bonos desconto nim caralhadas. Numhas festas supostamente populares (de povo, nom de PP) tem de haver atracçons de balde para o público. Vale que pode haver algumha de pago, mas nom a práctica totalidade. A maiores, semelha que o problema nasceu aquí. Polo visto, e polos comentários do presidente nos devanditos especiais, a comissom de festas deveu estar assessorada pola SGAE á hora da contrataçom dos concertos, e enchia a boca falando da quantidade de gente que lhe disserom os assessores que ia vir. O principal era o de La Oreja de Van Gogh, com o que aguardavam reunir miles de persoas e fazer boa caixa. Resultado: 1.500 espectadores e a maioria em regime de semi-gratuidade, ja que accederom com o famoso bono. Total, que nom fisserom caixa como aguardavam. Lembro (é que nom tenho diante os jornais) que falavam de 4.000 persoas no concerto de Mago de Öz.
O único gratuito foi o que juntou aos grupos de base estradense Pé de Boi, Regato de Matamulleres e Linho do Cuco com Susana Seivane. Aí bem, qualidade da casa e de nível internacional. O que já nom me pareze normal é que os representantes da comissom nom assinasem os contratos com os grupos até meia hora antes do começo dos concertos. Esse foi o primeiro sinal de que algo nom ia bem. Ainda que muita gente nom tivese conhezimento, os concertos estiverom a piques de ser cancelados por parte dos grupos, que estiverom horas tentando localizar ao presidente da comissom. Saeu adiante, mas por pouco. E haverá que ver se os grupos recebem os quartos que lhes adevedam, que visto o visto...
Por outra banda, tampouco me parece normal que se faça o petitório popular a posteriori. Isso tem um grande problema. Nom há quartos, nim se pode saber os quartos que vai haver para pagar as atracçons contratadas. Podem fazer-se estimaçons, sim, mas ha que ter em conta que a gente dá o que quer, e que este ano, percissa-mente, as famílias nom andam sobradas de quartos. E demonstra-se agora, que se nom tens avais... Toca suspender espectáculos.
Dos bonos para as atraçons de feira, nom vou falar muito. A idea é excelente, mas acho que fica claro que nom é doada de aplicar. E a forma da que se aplicou aos feirantes... achega-se á extorsom. Ou aceitas as condiçons abusivas que che imponho, ou nom che dou sítio.
Por último dizer que já está bem. O Concelho da Estrada deve ser dos únicos do seu tamanho de toda a Galiza que se desentende completamente da organizaçom das festas, mais alá de dar 30.000 € á comissom. Devera asumir dumha vez por todas a organizaçom das festas. E a ver se nos deixamos de comissons e caralhadas. Que vai passar com a gente que mercou os bonos? Vam-se-lhes voltar os quartos? Quem se vai fazer responsável de nom pagar estes rapazes o que devem? Agora seica asumem o control das deste ano. E pergunto eu, nom o puderom fazer desde o princípio? Para que temos funcionários no concelho que supostamente se adicam a organizar eventos deste tipo?

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